Brookfield e Bloom Energy Unem Forças com Plano de US$ 5 Bilhões para Impulsionar o Boom da IA

Por
Lakshmi Reddy
5 min de leitura

Brookfield e Bloom Energy Unem Forças em Plano de US$ 5 Bilhões para Alimentar o Boom da IA

O Vale do Silício funciona à base de eletricidade da mesma forma que atletas funcionam com adrenalina — e, ultimamente, ambos estão em falta. Em 13 de outubro, um movimento significativo causou repercussão nos mundos da tecnologia e energia. Brookfield, uma gigante global de infraestrutura que controla mais de US$ 550 bilhões em ativos, uniu-se à inovadora de células de combustível Bloom Energy em um acordo de US$ 5 bilhões para construir enormes “fábricas de IA”. Estes não são centros de dados comuns. São polos construídos especificamente para alimentar o apetite insaciável da inteligência artificial.

Bloom Energy
Bloom Energy

Esta parceria não é apenas simbólica. Ela lança oficialmente a nova estratégia de Infraestrutura de IA da Brookfield, uma ambiciosa tentativa de fundir geração de energia, capacidade computacional e capital em um ecossistema contínuo. Em vez de depender da envelhecida rede elétrica, a Bloom Energy irá implantar células de combustível modulares de óxido sólido que geram energia diretamente no local. Imagine caixas de energia silenciosas convertendo gás natural em eletricidade bem ao lado dos servidores — sem esperar por aprovação da rede, sem atrasos na transmissão. KR Sridhar, CEO da Bloom, foi direto ao ponto: “A infraestrutura de IA deve ser construída como uma fábrica — com propósito, velocidade e escala.” Sistemas de energia legados, ele argumentou, simplesmente não conseguem acompanhar.

A urgência é real. Analistas preveem que a demanda por eletricidade de centros de dados nos EUA pode mais do que triplicar — de 35 gigawatts hoje para até 123 gigawatts até 2035. Modelos de IA generativa consomem enormes quantidades de energia durante os treinamentos, com picos que surgem sem aviso. Gigantes da tecnologia como o Google já assinaram acordos de bilhões em energia renovável com a Brookfield. Eles querem campi que possam ativar gigawatts de energia a qualquer momento. Mas a rede se move lentamente. As filas de interconexão se estendem por anos. As atualizações de transmissão avançam a passos de tartaruga. Os construtores não podem esperar. Eles precisam de energia em meses — não em 2030.

É aí que a energia no local se torna um divisor de águas.

Sikander Rashid, que lidera a divisão de Infraestrutura de IA da Brookfield, chama a geração no local de essencial para “fechar a lacuna da rede”. Segundo o acordo, a Bloom se torna a fornecedora preferencial de células de combustível da Brookfield, com até US$ 5 bilhões destinados a implantar projetos em todo o mundo. Um grande local europeu deve iniciar as obras até o final do ano — provavelmente em uma região onde o gás natural é abundante e as licenças são mais fáceis de obter. A Brookfield não é estranha à infraestrutura digital. A empresa detém participações maciças em Compass Datacenters, Duke Energy Florida e outros ativos que demandam muita energia. A Bloom, por sua vez, já fornece energia para instalações da Equinix, Oracle e American Electric Power. Ambas as empresas conhecem o terreno — e o que está em jogo.

Wall Street notou. As ações da Bloom Energy explodiram, saltando quase 30 por cento em um único dia. As ações fecharam a US$ 109,91 em 13 de outubro, um aumento de mais de US$ 23 em relação à sessão anterior. Em certo ponto, o preço disparou de US$ 88,82 para quase US$ 118 intradiariamente. Investidores não viam mais a Bloom como apenas mais uma empresa de energia limpa. Eles a viam como a espinha dorsal da energia para IA.

As células de combustível oferecem grandes vantagens. São modulares, então os construtores podem começar pequeno e expandir conforme necessário. Reagem rapidamente às cargas sempre variáveis da IA. Quando combinadas com baterias, aumentam a confiabilidade e evitam interrupções. O melhor de tudo é que podem contornar os atrasos dolorosos das interconexões de serviços públicos. Um analista resumiu bem: “Meses, não anos.” Os desenvolvedores podem construir onde quer que existam gasodutos. Com o tempo, esses sistemas podem até misturar hidrogênio para reduzir as emissões.

Mas o caminho não é isento de riscos. O gás natural ainda emite CO2 — mais limpo que o diesel, claro, mas o escrutínio ambiental está aumentando. Novas regras sobre metano e relatórios de carbono por hora podem complicar as operações. A volatilidade dos preços do gás pode espremer as margens. A obtenção de licenças em mercados europeus densos pode gerar oposição local. E os concorrentes estão rondando. Turbinas a gás, pequenos reatores nucleares modulares, contratos de compra de energia de longo prazo — todos estão correndo para fornecer eletricidade firme e sob demanda para campi de IA.

Nesta corrida, a verdadeira moeda não são megawatts — é o tempo.

Empresas de IA provavelmente adotarão estratégias de energia híbridas: usar células de combustível para energia de carga base confiável, baterias para picos e manter a rede como backup. As concessionárias poderiam perder receita se os clientes saírem da rede, então elas podem contra-atacar com tarifas de energia de via rápida ou parcerias conjuntas de microrredes. As políticas podem mudar o cenário. Créditos fiscais de hidrogênio dos EUA ou regras de sustentabilidade da UE podem impulsionar — ou estagnar — projetos. Um observador da indústria resumiu bem: “O produto real é o tempo no calendário.” Quem entregar energia antes da chegada dos servidores vence.

Previsões já estão tomando forma. Até meados de 2026, espere que pelo menos mais duas grandes empresas de infraestrutura lancem plataformas de energia de IA com transições integradas de gás natural para hidrogênio. Novos contratos provavelmente incluirão preços indexados ao combustível e garantias de baixo carbono com correspondência horária. O sucesso futuro da Bloom dependerá deste "pipeline" da Brookfield — observe os contratos de serviço e testes de hidrogênio até 2027.

No final, esta parceria não é apenas mais um negócio. É uma tentativa ousada de resolver um dos desafios mais prementes da era da IA: como você alimenta a inteligência em escala planetária quando a rede não consegue acompanhar? Brookfield e Bloom acreditam que a resposta está em construir energia como fábricas — rápida, flexível e ferozmente independente.

Se tiverem sucesso, a próxima onda de IA surgirá sobre as fundações que construíram. Se tropeçarem, as limitações da rede lançarão uma longa sombra sobre a inovação.

Por enquanto, as luzes ainda estão acesas — e a corrida para alimentar o futuro começou oficialmente.

NÃO É UM CONSELHO DE INVESTIMENTO

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