
O Mapa Político Britânico é Redesenhado à Medida que o Primeiro-Ministro Starmer Confronta o Avanço de Farage Sobre Planos Econômicos
Terremoto Político no Reino Unido: Starmer Confronta Farage Enquanto o Reform UK Redesenha o Mapa Eleitoral Britânico
Primeiro-Ministro Alerta Para Colapso Econômico 'À La Truss' Com Ascensão de Partido Populista
MANCHESTER, Inglaterra — Diante de trabalhadores em uma fábrica no noroeste da Inglaterra, o Primeiro-Ministro Keir Starmer lançou um ataque extraordinário contra um homem que, há poucos meses, representava apenas uma franja política. Seu alvo: Nigel Farage, cujo partido Reform UK emergiu subitamente como uma força política formidável após conquistar centenas de assentos em conselhos locais e enviar ondas de choque através do establishment político britânico.
Starmer alertou enfaticamente que Farage estava repetindo os erros econômicos de Truss, arriscando imprudentemente a estabilidade financeira dos cidadãos e os gastos domésticos com políticas perigosas e não testadas.
O confronto marca um realinhamento impressionante na política britânica. Starmer, que garantiu uma maioria esmagadora de 174 cadeiras apenas no ano passado, agora se vê atacando diretamente o líder de um partido com meros cinco deputados, em vez da tradicional oposição Conservadora — um reconhecimento tácito de que o panorama político mudou fundamentalmente.
A Ascensão do Reform: Terremoto nas Eleições Locais
Os tremores políticos começaram no início deste mês, quando o Reform UK conquistou 677 assentos em conselhos nas eleições locais, assumindo o controle de 10 conselhos e vencendo duas prefeituras. As vitórias ocorreram em redutos tradicionais de partidos, desde os bastiões Conservadores em Kent e Staffordshire até o território Trabalhista em Doncaster.
Mais impressionante foi a vitória do Reform na eleição suplementar parlamentar em Runcorn e Helsby, onde reverteram uma maioria Trabalhista de quase 15.000 votos de apenas um ano atrás, vencendo por uma margem de apenas seis votos — a menor margem em qualquer eleição suplementar britânica do pós-guerra.
"Substituímos os Conservadores como o principal adversário do Trabalhista", declarou Farage após os resultados, uma afirmação que antes pareceria absurda, mas agora possui peso estatístico. Pesquisas recentes mostram o Reform empatado ou à frente do Trabalhista nacionalmente, com um levantamento da Reuters colocando o Reform com 29% contra 21% do Trabalhista.
As eleições locais produziram a menor média de participação do vencedor já registrada, com 40,7%, refletindo uma fragmentação sem precedentes no sistema tradicionalmente bipartidário da Grã-Bretanha.
O Campo de Batalha Econômico
No cerne do confronto reside um debate fundamental sobre o futuro econômico da Grã-Bretanha. O Reform UK de Farage revelou recentemente uma ambiciosa agenda centrada em cortes fiscais drásticos, incluindo o aumento da isenção pessoal do imposto de renda de £12.570 para £20.000 anuais — uma proposta que o Instituto de Estudos Fiscais estima que custaria entre £50 bilhões e £80 bilhões por ano.
"Essas benesses de alto perfil são minúsculas em comparação com a proposta de imposto de renda", disse Helen, uma especialista em impostos. "Cortes fiscais muito grandes precisariam ser compensados por cortes de gastos muito grandes."
A plataforma do Reform também inclui a revogação do limite de benefícios para dois filhos, a restauração total dos pagamentos de auxílio-combustível de inverno para aposentados e a introdução de uma isenção fiscal de casamento transferível.
O partido afirma que pode financiar essas medidas "abandonando as metas de 'net zero'" em iniciativas ambientais, o que eles calculam que economizaria £225 bilhões ao longo de cinco anos. No entanto, essa afirmação tem recebido fortes críticas de especialistas econômicos.
"A maioria dos investimentos verdes era esperada para vir de financi