
Exército Investe US$ 200 Milhões em Espinha Dorsal Digital Enquanto a Sombra da China Paira Sobre as Bases dos EUA
Exército dos EUA Investe US$ 200 Milhões em Infraestrutura Digital com Ameaça Chinesa Pairando Sobre Bases
Contrato visa proteger mais de 80 instalações contra ameaças cibernéticas e prepara o terreno para microrredes nacionais até 2035
RESTON, Virgínia — O Exército dos EUA acaba de fazer uma aposta muito grande em seu futuro. A Empower AI conquistou um contrato no valor de mais de US$ 200 milhões para reformar a infraestrutura digital em mais de 80 bases militares em todo o país. É um projeto massivo que vai muito além de novos equipamentos e fiação – trata-se de proteger a espinha dorsal das operações dos EUA contra ataques cibernéticos cada vez mais agressivos.
O acordo, anunciado na quinta-feira pelo Comando de Engenharia de Sistemas de Informação do Exército, sinaliza a seriedade com que o Pentágono agora trata as ameaças aos seus sistemas de energia e tecnologia. As autoridades não estão apenas se apressando para reforçar as instalações atuais; elas estão correndo contra o tempo para cumprir o prazo de 2035 para instalar microrredes em cada posto do Exército.
O contrato está inserido no programa TEIS IV, que possui um teto de US$ 800 milhões e se estende por grande parte da próxima década. O trabalho da Empower AI não é apenas instalar medidores inteligentes. Eles farão a engenharia, fornecerão, instalarão e testarão milhares de medidores de energia e água, controles industriais e sistemas SCADA. Integrados ao trabalho estão rigorosos requisitos de cibersegurança sob o Risk Management Framework e o Cybersecurity Maturity Model. Em outras palavras, o Exército não quer "segurança depois". Quer segurança desde o primeiro dia.
Medidores Inteligentes, Perímetros Mais Fortes
Não é a primeira vez que Washington tenta modernizar suas bases. Mandatos federais para medição avançada remontam a 2007, reforçados pela própria estratégia climática do Exército. No entanto, o progresso tem sido lento por anos.
Por que o impulso repentino agora? O cenário de ameaças mudou drasticamente. A Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura tem alertado incessantemente sobre ataques do tipo "living off the land" (que utilizam ferramentas já presentes no sistema da vítima) e campanhas de credenciais roubadas direcionadas à infraestrutura crítica dos EUA. Grupos como o Volt Typhoon, que autoridades americanas ligam à China, têm estado no centro desses alertas.
O perigo é óbvio: todo novo dispositivo conectado, de um medidor de água inteligente a um controlador de rede elétrica, é mais uma porta que um hacker pode explorar. Senhas fracas, segregação de rede descuidada, canais de atualização inseguros — essas são as brechas exatas pelas quais os atacantes patrocinados por estados adoram se infiltrar.
Desta vez, o Exército quer inverter o roteiro. Em vez de corrigir falhas de segurança após o ocorrido, está incorporando as salvaguardas cibernéticas no próprio lançamento. Pense nisso como construir a cerca antes de deixar qualquer um passar pelo portão.
Construindo a Base de Dados para as Redes Elétricas do Amanhã
O esforço de modernização não se trata apenas de defender-se contra hackers. É também o primeiro passo em direção ao objetivo maior do Exército: microrredes em todas as instalações até 2035.
Microrredes dependem de dados precisos e em tempo real. Sem milhares de medidores fornecendo informações, o Exército não pode identificar falhas, realocar cargas automaticamente durante uma interrupção ou integrar painéis solares, baterias e outros recursos distribuídos. Simplificando, sem dados não há rede elétrica resiliente.
O Programa de Investimento em Resiliência Energética e Conservação do Pentágono está financiando as grandes construções. O orçamento ultrapassa US$ 634 milhões em 2024 e deve subir para mais de US$ 700 milhões até 2025. A medição estabelece as bases para tudo isso, criando os dados de desempenho que justificam investimentos futuros.
Os planejadores do Exército veem isso como uma escada: primeiro, implantar os medidores; segundo, estabelecer sistemas de gerenciamento de dados; e, então, adicionar controles de microrredes e fontes de energia distribuída. Ao conceder um contrato que abrange mais de 80 bases, o Exército deixou claro que não se trata de um projeto piloto. É uma implantação em larga escala.
O Desafio de Fazer Tudo Funcionar
Implementar tecnologia em dezenas de bases não é tarefa fácil. O Exército supervisiona entre 75 e 97 guarnições em todo o mundo, cada uma com designs de instalações únicos, sistemas de automação legados e, às vezes, até mesmo concessionárias privatizadas. Integrar novos equipamentos a essa colcha de retalhos exige engenharia cuidadosa, base por base.
O Exército já tentou iniciativas de modernização semelhantes antes, nem sempre com sucesso. A diferença entre projetos que funcionam e aqueles que fracassam geralmente se resume à disciplina. Os novos sistemas geram ordens de serviço acionáveis que economizam energia e prolongam a vida útil do equipamento? Ou eles apenas criam painéis chamativos que ninguém usa?
Outro detalhe: governança. Vários comandos — Material, Gerenciamento de Instalações e Tecnologia de Rede Empresarial — devem coordenar. Quem é o proprietário dos dados do medidor? Quem decide quem pode acessá-los? Como as informações são auditadas? Essas perguntas serão tão importantes quanto a configuração técnica.
Uma Disputa Acirrada por Contratos
A Empower AI teve que superar grandes nomes para vencer. Os concorrentes incluíam General Dynamics Information Technology, TekSynap e TestPros. Trabalhos anteriores com o Army NETCOM e o Materiel Command ajudaram a inclinar a balança a favor da Empower AI.
Fabricantes de equipamentos originais como Siemens, Schneider Electric, Johnson Controls e Honeywell também devem se beneficiar. Mas o Exército está enviando uma mensagem: quer sistemas abertos e seguros, não "caixas pretas" proprietárias que não conseguem se adaptar a futuros recursos energéticos.
O ângulo da cibersegurança adiciona outra camada de oportunidade. Empresas que fornecem segmentação de rede, monitoramento e certificações de segurança mais rápidas têm uma clara vantagem. Aquelas que podem empacotar soluções "prontas para autorização" com modelos de segurança reutilizáveis avançarão mais rapidamente em um campo onde a burocracia frequentemente retarda o progresso.
O Que os Investidores Devem Observar
Para aqueles que acompanham os mercados de defesa e energia, o contrato destaca algumas tendências. O financiamento parece sólido, ancorado tanto por orçamentos de manutenção quanto por compromissos climáticos de longo prazo. Analistas afirmam que isso cria fluxos de receita contínuos, e não apenas gastos pontuais.
As margens variam: projetos com grande peso em hardware rendem cerca de 15 a 22 por cento, enquanto trabalhos de software e cibersegurança podem chegar a cerca de 35 por cento. Empresas que desenvolvem soluções repetíveis — por exemplo, detecção automatizada de falhas que gera ordens de serviço instantâneas — tendem a melhorar os lucros à medida que o programa cresce.
Os investidores provavelmente acompanharão métricas como quantos equipamentos de carga crítica são medidos, quão rapidamente os sistemas são corrigidos (patch), ou a velocidade com que as aprovações de segurança avançam entre os locais. Os maiores riscos? Dores de cabeça de integração, atrasos em cibersegurança e gargalos na cadeia de suprimentos para medidores especializados.
Além do Contrato
A verdadeira história não para na medição. Uma vez que o Exército tenha dados fluindo, ele pode desbloquear serviços de maior valor: análises avançadas, diagnósticos automatizados e, eventualmente, microrredes totalmente integradas. Cada fase abre novas oportunidades para fabricantes de equipamentos, fornecedores de software e integradores especializados com as devidas autorizações e históricos.
Em suma: este contrato de US$ 200 milhões é apenas o começo. O Exército está lançando as bases digitais hoje para um futuro de energia mais resiliente e seguro — e as empresas que conseguirem acompanhar esse ritmo seguirão nesse trem bem avançadas nos anos 2030.
| Categoria | Resumo | 
|---|---|
| Evento | Empower AI recebeu uma ordem de serviço plurianual do Exército de >$200 milhões sob o IDIQ TEIS IV (teto de US$ 800 milhões) para modernizar medição e OT em mais de 80 instalações. Inclui engenharia, instalação, cibersegurança (RMF/CMMC) e sustentação. | 
| Significado Estratégico | Uma porta de entrada fundamental para os gastos mais amplos do Exército em resiliência. Mandatado pela política do DoD/DoE, é a espinha dorsal de dados para a meta de microrredes do Exército até 2035. Espera-se trabalho de acompanhamento em MDMS, microrredes e integração de DER. | 
| Fonte de Financiamento | Principalmente O&M para atualizações/sustentação e ERCIP (MILCON em Defesa: ~$700 milhões anuais AF24-26) para projetos de resiliência. Os dados de medição validam e viabilizam o financiamento do ERCIP. | 
| Cenário Competitivo | Integradores: Empower vs. outros contratantes principais do TEIS IV (GDIT, TekSynap, etc.). OEMs: Siemens/Schneider/etc. competem em hardware, mas a política favorece arquiteturas abertas e interoperáveis. Cibersegurança: A orientação da CISA aumenta a demanda por plataformas de segurança OT. | 
| Economia da Unidade e Margem | Margem Bruta: 15-22% em tarefas com alto peso de hardware; 25-35% em tarefas de software/cibersegurança/análise. Fluxo de Caixa: Governamental Líquido 30-60, faturamento por marco. O risco principal é a latência de ATO atrasando a receita. | 
| Causas Raízes | 1. Pressão política e atraso na modernização. 2. Resiliência como garantia de missão. 3. Ameaça OT elevada (campanhas Volt Typhoon/LOTL). | 
| Opiniões Chave | 1. "Inteligência" aumenta a superfície de ataque sem gateways seguros como limite. 2. O MDMS deve ser uma plataforma para ordens de serviço acionáveis, não apenas relatórios. 3. O aprisionamento de fornecedor (vendor lock-in) é um imposto oculto; protocolos abertos são críticos. | 
| Riscos | Segurança: Desconfigurações levando a atrasos de ATO. Integração: Heterogeneidade de sistemas legados causando atrasos no cronograma. Política: Mudanças no orçamento do ERCIP. | 
| Manual de Execução | Arquitetura: Gateways seguros com SBOMs/firmware assinado, segmentos OT dedicados, monitoramento passivo e um MDMS autoritário com APIs. Modelo: "ATO-as-a-product" para comprimir cronogramas. | 
| KPIs Chave | Cobertura (% de cargas medidas), Segurança (% de gateways MFA, latência de patch), Impacto Operacional (economias verificadas), Velocidade de ATO (dias para concessão), Captação de Acompanhamento (US$ a partir de dados AMP). | 
| Ângulo de Investimento/M&A | Construir/Comprar: Kits de ferramentas ATO para OT, gateways seguros por protocolo, software MDMS-para-ação. M&A: Integradores BAS de nicho, fornecedores de detecção OT, OEMs de gateway com FIPS/Common Criteria. | 
| Avaliação e Durabilidade | Durabilidade: Alta, apoiada por lei/política e programa de múltiplos ciclos. Potencial de Alta: Análises, cibersegurança e acompanhamentos ERCIP de margens mais altas. Sensibilidade: Fricção de ATO e cadeia de suprimentos de gateway. | 
| Foco de Due Diligence | 1. Arquiteturas de referência e controles RMF herdáveis. 2. Segurança de gateway (SBOM, firmware assinado). 3. Estratégia de MDMS e qualidade de API. 4. Gerenciamento de mudanças (FDD → ordens de serviço). 5. Pipeline para propostas ERCIP. | 
| Cenários | Base (Provável): Execução conforme o plano, TCV cresce 1.2-1.6x até AF28. Otimista: Padroniza ATO/MDMS, captura ERCIP, TCV >2x. Pessimista: Atrasos de ATO, lacunas de pessoal, receita defasada. | 
NÃO É CONSELHO DE INVESTIMENTO